Tuesday, November 10, 2009




CONTOS DE RATAZANA
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Cris e Nanda

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Cris, recordou as suas histórias marotas… e alguma confidência de foro íntimo, destinadas a fazer ver ao imigrante de Luxemburgo, que ela também tinha um pouco de maroteira. Assim que ele saiu do bar, ela diz a Nanda sua amiga de longa data e a mim que ele é nabo.

«Ele está a morrer por outra coisa», diz. «Mas que merda se passa com estes cotas? E que ele está a portar-se como se fosse um patinho feio, prontinho a pedir tudo o que lhe venha à tola. A única coisa que lhe falta fazer é dizer que me vai cortar a mesada.

Nesta altura, ouve a voz do imigrante de Luxemburgo, que volta a entrar no bar. Passa-se qualquer coisa com o estacionamento do parque automóvel. Haverá alguém por aqui que vá a sair?

Ele não consegue tirar o carro do parque.

«Olha aí o tens, Cris», diz Nanda. «Ele está a fazer-se ao piso e não o quer dizer. Só tens que o levar para o quarto e ver como lhe há-des dar a volta. E se precisares de ajuda é só dizeres.»

Cris ainda não está há três minutos no quarto, quando soa um berro e o imigrante surge a entrar no bar, com Cris mesmo atrás dele. Ele dirige-se para o quarto de banho e, tal como eu calculava, ela vem com o rosto um pouco avermelhado. Deixa-se cair de encontro contra Nanda e desabafa umas calinadas contra ele. O imigrante, diz em voz ofegante, levou umas palavras não habituais e atirou com o dinheiro para o chão.

Nanda, com ar revoltado, exclama para Cris: «Reles cabrito, como te baixaste!?»

Cris, de olhar esquinado e língua à solta, não teve papas na língua. «O imigrante e eu despachamos as roupas rapidamente, e disse-lhe algo habitualíssimo. Olha-me para o meu pipi! Adivinhas o que ele quer? Uma língua. Os nossos sexos podem gozar, não é só c´o pau, a língua também é uma foda. Eu já com o pipi à mostra e ele pira-se. Olhai, como me deixou!»

A vivaça Nanda não quer acreditar naquilo que está a ouvir. Desencosta-se um pouco de Cris e olha-me para ver se ela está a falar a sério, enquanto Cris coça firmemente nas mamas e diz para eles abrandarem o calor.

«Olha Cris», diz Nanda, «muda de programa para o levares livremente. Há sempre uma possibilidade dele escorregar… e se há alguma coisa que atrai um homem é uma vagina a descoberto, por isso com astúcia trata-o de modo que ele não pense muito.»

Cris dá-lhe uma palmada com a mão na perna. «Óptimo», diz-lhe. «Deste-me uma boa ideia.»

«Bom», suspira Nanda. «Agora, minha filha, vamos mas é atirar-nos à vida que se faz tarde e topa aqueles dois gansos atrás de nós, que é a única maneira de ganharmos o dia.»

Elas desencalham-se da mesa e eu passo para o balcão.

Cris está confiante de verdade. Possivelmente, pensa que em dar uma demonstração física já é suficiente para ter o freguês debaixo de mão. Mas ainda nada está decidido para fazer uma saída…

Nanda vê-se grega para se conservar imóvel não aguentando o ímpeto do outro freguês a insistir meter a mão pelo corpo e apalpá-la toda.

Conseguiram concordar o preço em parte mas a concordância deles retarda-lhes a voz… não confirmam, pedem-lhes uns minutinhos mais de conversas, para as avaliarem.

Cris inclina-se para um deles e exclama:

«Não nos façam perder mais tempo, por favor! Peço-vos que resolvam porque lá dentro do quarto é mais agradável a brincadeira… Prometo-te meu chuchu, que não te vais arrepender! Não nos façam perder mais tempo…»

As suas boas palavras dão resultados seguros. Talvez tão seguros que os fregueses mandam vir duas bebidas para elas, com direito a alternos, como lhes pede Nanda, primeiro há que beber para depois sair.

Cris insinua que tem as mamas a arder de calores e o outro freguês e Nanda param de brincar com as beliscadas um ao outro…

Bom, parece que eles já falaram e combinaram tudo o que tinham a dizer, e nesse momento, chamam-me à mesa, para lhes levar a conta.

Eles já estão com as notas nas mãos, bom, ainda me deixam uma gorjeta, e saem dali aptos para a fornicada.

Quando eles estão a entrar no quarto, Cris dá um salto para a cama.
«A cama está tão quentinha à nossa espera», grita-lhes Cris. «Dispam-se, ó fofos… senão, vai o calor ao ar…»

Estão todos realmente à vontade. Estão aparelhados, e a cama vai ser testada para ver se consegue aguentar com todos os corpos…

«Aqui tens um bonequinho para te aquecer o pipi», grita-lhe o freguês de Cris. «Talvez não seja a tua medida, mas não te preocupes… há muito tempo para ele engrossar… Embute-o, pá… Vais-te atirar ao ar quando o sentires… »

Nessa altura, estão realmente a dar o máximo em cima delas, quando se ouve o comentário do freguês de Nanda.

«Ouve, minha menina das calcinhas pretas, vou dar-te uma foda como nunca ninguém te deu, a não ser os cornetas… merda, se calhar ainda vou andar por aí a vender as minhas fodas, talvez gostes de levar comigo... mas não, quando esta acabar, tu vais estar pronta para outra, e para as que hão-de vir…»

«Não empurres á bruta!» suplica Nanda… ver o pénis dele em forma de gancho parece-lhe de longe pior do que ver simplesmente a piça de um cavalo. «Não a podes empurrar à bruta!»

Mas o freguês está-se nas tintas para o suplício dela e continua a cavalgar na pradaria dos pêlos que nem um batman das trevas. Ao lado, Cris esconde a cabeça debaixo da almofada e geme.

O quarto começa a parecer voar. O sexo deles cheira como o álcool e o mundo balança como uma garrafa. O freguês de Cris nem um ai dá depois de se vir, empurra-se para o lado e estica-se ao comprido. Ela está com tão bom aspecto como quando começou, só está um pouco mais aberta.

«Eh, Nanda», grita Cris, «está um fio vermelho a sair-te da racha! Acho que é menstruação… vai-te lavar à casa de banho.»

Nanda dá uma vista de olhos para baixo e levanta-se da cama para ir à casa de banho.

«Bolas, logo agora que estava a engrenar a sério é que tu havias de vir com essa boca, Cris!», protesta asperamente o outro freguês. «Já não basta o meu azar de ficar aqui com o meu esperma… só lhe apalpei as mamas… Venho-me agora como? Verdade, verdadinha, se não me deixar comê-la vou ter de lhe descontar metade do combinado e não quero vê-la mais… por enquanto.»

Nesta altura a Nanda está já debaixo do chuveiro, mas Cris desenrosca-se do meio dos lençóis e deixa o freguês a falar sozinho…

Pede a Nanda para lhe abrir a porta e depois de estar lá dentro, dá-lhe uma palmada no rabo nu… não contavas com esta, pois não, minha fofa? O gajo tratou-te muito mal. Agarrou-se a ti a lamber-te… parecia um canibal...

Nanda nem espera pela água quente. Enfia-se debaixo da água fria e enxuga-se à pressa. Ela está demasiada compenetrada e tira do pequeno saco um batom e passa-o à volta da vagina húmida como se estivesse a dar uma pincelada... Cris acabou de urinar.

Depois, saem para o pé deles; eles já desistirem de se porem em cima delas… limitam-se a estar ali sentados na cama e esperar pelos acontecimentos… não é necessário correr.

Nanda tem um aspecto tão frágil que ela nem parece estar a mentir. Desculpai, lá, remete num lamento, isto não estava no programa. Não estava nada a contar com isto, mas já que veio… não há solução a dar-lhe… nem a mim nem a vocês…

Claro que isto era tudo o que o outro freguês não queria ouvir. Mete-lhe um dedo na vagina e faz a sua análise ao cheiro. Ronca como um camelo perdido e volta-se depois para pegar numa toalha à mão.

«Já cheiraste?», pergunta Cris e aponta para uma tonalidade pintada sobre o dedo. «Agora, talvez te deixes convencer, que é verdade, qualquer uma mulher está sujeita a isso… talvez confies em nós, de como somos…»

«Vamos confiar na cachopa, pá, e deixá-la em paz», diz o freguês de Cris. «Se calhar ainda acabam por nos darem uma goela! Vamos pagar-lhes e vamos embora. Já gozei como um lorde e saio daqui satisfeitíssimo…

O outro freguês inclina-se sobre Nanda e diz-lhe ao ouvido, baixinho. «Que dizes, minha morenaça? Aposto que amanhã já não te lembras das nossas fronhas! Oh, raios, não faças essa cara, estás entre fregueses… os teus fregueses da próxima. Já alguma vez ouviste falar mal de nós?»




FIM

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