Sunday, April 23, 2017

A história do Grupo dos Traidores começa em 1983 quando Fernando Abraão, hoteleiro, da cidade do Porto, deu este nome a um numeroso grupo de clientes que frequentavam o seu bar não muito longe da Rua de Antero de Quental, no Porto, para onde tinha decidido ir estabelecer-se depois de se tornar empresário em nome individual. Mas se por Traidores entendermos o negócio de meninas da rapidinha, é então discutível que a história dos Traidores — e da pinadela — três anos antes, no dia 3 Outubro de 1980, quando o padeiro Carlos engatou uma prostituta menor de um bairro. Na tarde daquele dia, Carlos estava a trabalhar na sua distribuição de pães, na baixa portuense, quando foi intercetado por um «mãos-leves» que desejava discutir a dívida de três contos que Carlos tinha para com uma prostituta chamada Malha Susana. Como forma de obrigar Carlos a pagar a dívida, o «mãos-leves» insinuou que a prostituta Suzana sabia da morada da padaria do Carlos e que o denunciaria à mulher, a menos que recebesse o seu dinheiro. Carlos apressou-se a ir falar com a prostituta Suzana. Tinha motivos para estar receoso, porque a sua mulher estava a quilómetros da vida boémia que levava. O que a prostituta Suzana lhe falou enfureceu-o. O tal «mãos-leves» tinha deixado a prostituta Suzana no quarto de uma pensão, para umas brincadeiras de sexo, (não podia ultrapassar os quinze minutos) e a partir da primeira cena de apalpões efetuosos entre ambos, podia deduzir-se que se retardaram até não poderem mais. O padeiro Carlos estava no Dallas, longe da padaria, mas o magricela e tísico «mãos-leves», um sacador de fraco estripe, não estava muito longe dali, estava na casa do esfola de 5 de Outubro. Carlos meteu-se na carrinha e foi até lá,


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                                                                            “Baixa a pila
                                                                            E baixa rente
                                                                       O que é preciso
                                                           É o povo estar contente”
                                                                                            Ratazana.


      FERNANDO ABRAÃO E RATAZANA
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O JORNAL DOS TRAIDORES

DIZ QUE AS PROSTITUTAS FAZEM UNS
«ARRANJINHOS POR FORA.»
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Edição nº 1.144
Reportagem dos Maus-Olhados
____________ Sai à segunda-feira
Diretor
Ratazana


Este livro
contém
Histórias
soberbas


            ORIGINAL
            _________   
SEXO........ DINHEIRO......
ÁLCOOL...  VÍCIOS ..........

A História do
«Morto-Vivo»
Uma aventura torna-se num  
Pesadelo!!!
  
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Friday, April 14, 2017





Abraão, conhecido contador de histórias e autor de música popular, vem desabafando com os seus amigos nas redes sociais, sobre os assuntos de política, sexo e futebol. Há dias, ele se saiu com uma sugestão tão estapáfúrdia que talvez possa até ir ao encontro. Ele comentou: "Acabo de ler na televisão notícias da bronca de Dijsselbloen, presidente do Eurogrupo que comentou que os países do Sul da Europa utilizavam dinheiro dos empréstimos à banca em vinho e mulheres. Talvez fosse melhor deixar o senhor Dijsselbloen provar um bom vintage que fale português enviar ao seu paladar insabido uma colheita especial daquele vinho Monte Velho determinando-lhe que o prove em casa... deixá-lo saborear essa casta única e se julga que as nossas mulheres não são das mais bonitas do Mundo é porque nunca esteve cá. Faça favor de corrigir a sua linguagem.»


Cliente para o Psiquiatra:
- Estou cá com um problema, senhor doutor. Casei-me à três meses, mas não estou satisfeito com a minha mulher.  Desconfio que ela é muito friorenta. À noite, agarro-me a ela, parece um pinheiro. Vou para a beijar e também não consigo beijá-la porque os seus lábios parecem gelo. E passo a noite nisto ... apalpo aqui, apalpo acolá.
- Deixe o caso comigo - aconselhou o psiquiatra. - Venha à consulta quatro vezes por semana, durante um ano. Vai ver que isso passa.
 - E quanto é cada consulta, senhor doutor?
- Não é muito... só duzentos euros.
- Tanto? Vou pensar...
Mas o cliente nunca mais apareceu no consultório. Três meses depois, o psiquiatra, por acaso, encontrou-o na rua.
- Então, nunca mais apareceu no consultório? - perguntou.
- No consultório? Desembolsar duzentos euros? A dona de uma casa de tia curou-me com uma saltada.
- Como? Explique-se?
- Aconselhou-me a arranjar uma amante.


                                                 FERNANDO ABRAÃO  "RATAZANA"


Faz hoje ao certo sessenta e nove anos que o autor deste livro acabou a sua terceira obra dedicada à piada e ao conto. Quase cinco décadas de sarrabiscos e mais de quarenta livros guardados ao fundo do quarto numa velha arca de esqecimentos. As suas obras, porém, não foram notadas pelas editoras, excepção feita aos seus amigos-personagens dos seus próprios contos e até agora há poucos meses apareceu um amigo-personagem para levar um fabuloso exemplar da sua obra-prima "Escritos Traidores". Reza ainda aqui o seu dito corrente, esse desconhecido autor que se emborcou de contos na sua casa em Arca d´Água, no Porto: «Os Desconhecidos não contam.»