Abraão, conhecido contador de
histórias e autor de música popular, vem desabafando com os seus amigos nas
redes sociais, sobre os assuntos de política, sexo e futebol. Há dias, ele se
saiu com uma sugestão tão estapáfúrdia que talvez possa até ir ao encontro. Ele
comentou: "Acabo de ler na televisão notícias da bronca de Dijsselbloen,
presidente do Eurogrupo que comentou que os países do Sul da Europa
utilizavam dinheiro dos empréstimos à banca em vinho e mulheres. Talvez fosse
melhor deixar o senhor Dijsselbloen provar um bom vintage que fale
português enviar ao seu paladar insabido uma colheita especial daquele vinho
Monte Velho determinando-lhe que o prove em casa... deixá-lo saborear essa
casta única e se julga que as nossas mulheres não são das mais bonitas do Mundo
é porque nunca esteve cá. Faça favor de corrigir a sua linguagem.»
Cliente
para o Psiquiatra:
- Estou cá
com um problema, senhor doutor. Casei-me à três meses, mas não estou satisfeito
com a minha mulher. Desconfio que ela é
muito friorenta. À noite, agarro-me a ela, parece um pinheiro. Vou para a
beijar e também não consigo beijá-la porque os seus lábios parecem gelo. E
passo a noite nisto ... apalpo aqui, apalpo acolá.
- Deixe o
caso comigo - aconselhou o psiquiatra. - Venha à consulta quatro vezes por
semana, durante um ano. Vai ver que isso passa.
- E quanto é cada consulta, senhor doutor?
- Não é
muito... só duzentos euros.
- Tanto?
Vou pensar...
Mas o
cliente nunca mais apareceu no consultório. Três meses depois, o psiquiatra,
por acaso, encontrou-o na rua.
- Então,
nunca mais apareceu no consultório? - perguntou.
- No
consultório? Desembolsar duzentos euros? A dona de uma casa de tia curou-me
com uma saltada.
- Como?
Explique-se?
- Aconselhou-me a arranjar uma amante.
FERNANDO
ABRAÃO "RATAZANA"
Faz hoje ao certo sessenta e
nove anos que o autor deste livro acabou a sua terceira obra dedicada à piada e
ao conto. Quase cinco décadas de sarrabiscos e mais de quarenta livros guardados
ao fundo do quarto numa velha arca de esqecimentos. As suas obras, porém, não
foram notadas pelas editoras, excepção feita aos seus amigos-personagens dos
seus próprios contos e até agora há poucos meses apareceu um amigo-personagem
para levar um fabuloso exemplar da sua obra-prima "Escritos
Traidores". Reza ainda aqui o seu dito corrente, esse desconhecido
autor que se emborcou de contos na sua casa em Arca d´Água, no Porto: «Os
Desconhecidos não contam.»
No comments:
Post a Comment