CAPÍTULO
I
Neste
dia cinzento de Maio de 1928 começa a história de Marco António. A lenda, numa
só palavra, de Marco António, começa, pois é impossível separar os traumas da
sua vida e da sua obra.
Mais tarde, ao recordar o seu amor, Dona
Lena teceu um comentário, num estilo simples e gracioso: «Nós morávamos na
mesma ilha. Quando ele pôs os olhos em mim, eu também pus os olhos nele.
Lançou-me uns piropos…. Eu era uma jovem de dezasseis anos!»
José Vilela afirmará que ele teria
preferido ser um Falsificador a ser um grande serralheiro. Sem exagerar muito,
podemos dizer que Marco António foi simultaneamente um e outro. Ele queria ser
reconhecido como artista de pintura, mas não encontrou espaço no mercado de
arte para as suas obras originais. Então, ele começou a replicar tudo que
achasse que seriam obras bem vendidas. Se teve apenas uma paixão pelo trabalho
que fazia, teve uma infinidade de encontros passageiros, para não falar dos
seus relacionamentos com mulheres de reputação duvidosas, que nunca desprezava.
Por isso, as mulheres, que ele nunca
considerava como «divinas ou bonecas» - dizia ele a Cardinal - e amava como uma
espécie de maldade, foram, paradoxalmente, o estímulo constante da sua obra, à
qual deram um caráter sem palavras humano e sensual. Cortês, confidente e
observador de parte da sua vida, dirá: «Nunca realmente a sua imaginação se
manifestará com tanta força como na crise das suas experiências amorosas. A
cada nova experiência amorosa, vemos a sua obra progredir, aparecer uma nova
ideia, uma outra técnica, que coincidem sempre com períodos de exaltação…»
Não podemos afirmar por isto que ele
conheceu o amor. Dona Lena censurá-lo-á de nunca ter amado nem saber o que era
amar e, finalmente, Luísa partilhará dessa opinião. Sentindo-se mais curioso
por seres e por novas experiências que pelo amor, não viu em cada aventura mais
que um fermento necessário ao seu trabalho. O seu trabalho, o único e constante
objeto da paixão que arrebatava a sua vida. Tudo, durante a sua longa
existência, espantosamente fértil, foi submisso à enologia e condicionado por
ela. Amigos, esposa, amigas, foram submetidos a este tom autoritário. Isto
deve-se a um aspeto diferente do seu temperamento: nele, a inspiração é
constante, donde a necessidade de trabalhar constantemente, donde a necessidade
de impulsos constantes, donde esta curiosidade devoradora pelos seres, ideias e
coisas.
«Este
homem de aspeto triste, sarcástico, um tanto hipocondríaco às vezes, nunca
encontrou consolação – porque parecia trazer sempre em si uma grande dor, - mas
encontrou o esquecimento no seu trabalho e no seu amor por ele», notará
Rosália, sua companheira do grupo excursionista, que a solidão tornou
perspicaz.
A sua atitude não impediu Marco António de
ser amado e de provocar paixões que, uma vez pacificadas, nunca se extinguiram
completamente. Durante toda a sua vida trouxe atrás de si o acompanhamento
submisso, frenético ou barulhento das antigas amizades. Dona Lena, a esposa
fiel, permaneceu sempre a seu lado; Luísa, depois de o ter abandonado, viveu
apenas da sua recordação, constantemente presente. Rosália, rosto pálido e
desesperada do fim de os passeios do grupo excursionista… Ele próprio nunca
podia romper completamente e ao seu amor de momento falava frequentemente dos
que o tinham preterido, menos por maldade que por ser incapaz de renunciar a um
momento da sua vida, a qualquer coisa que lhe tivesse pertencido. Como guardava
os velhos isqueiros ou as pontas de lápis, conservava também as antigas amadas
à mão.
Acontecesse o que acontecesse!
Mas quem era este Marco António, este
sedutor moço que, depois de ficar isento do serviço militar, fez «cair» muitos
corações aos seus pés!
Assim
o descreveu Rosália: «Marco António, moreno, atarracado, inquieto e
desconfiado, de olhos castanhos, perspicazes e astutos. Gestos desastrados,
mãos pequenas e grossas, bem vestido, muito cuidadoso. Meio-boémio, grande
trabalhador, os cabelos curtos e bem penteados anteviam o colarinho de um
casaco ainda novo.»
José Vilela: «Um homem pálido, com o ar de
quem confessa que a vida é por vezes dura de roer. Era notável por um penteado
curto e bigodinho aparado, e pelo vivo colorido das suas camisas e gravatas.»
Com isto, nota o patrão Anselmo, um ar de
artista. E era mesmo um ar de diferenciar superior que emanava deste
serralheiro bem cuidado, vestido de fato e gravata. Um pouco surpreendente:
artista, não o era de nascença, nem pelos dons que recebera, nem pelas origens.
A família paterna, onde se constavam muitos ramos de carência real, era de
maneira particular remediada.»
O pai de Marco António, de nome Manuel
António, era um homem trabalhador e espirituoso, de estatura média e rosado
como um romã; a mãe, de nome Maria Antónia, era uma mulher pequena e muito
morena – é com ela que se parece o filho, - pertencia a uma família, outrora
pobre, de pequeno comércio fixados para cá do Marão.
A despeito das suas origens indecisas, a
família António-Antónia estava com dificuldades para sustentar o lar e não
contava então com algum descendente que pudesse deitar mão àquilo. Depois de
revista a situação, o pai fez contas à vida e verificou que as suas finanças
estavam em queda livre, salvo algumas pequenas poupanças.
Cedo, desde os estudos em Vila Boa do Vispo,
os seus amigos criaram o hábito de o chamar pelo diminutivo de António e, assim
ficou a ser conhecido, pelo Tonito. São imensas as variantes de António
à volta do mundo. É também um dos nomes portugueses mais focalizados pelos diminutivos.
Dos dois lados, a família inclinava-se para as artes. O pai António, abriu uma
pequena oficina de sapateiro e… fazia uns biscates; a mãe era trabalhadora
doméstica.
Tonito nasceu numa pequena freguesia chamada
Vila Boa do Bispo, em 17 de Maio de 1928, ao meio da tarde, sob o signo do
Touro. Pensou-se que ele estava morto, então a parteira teve a ideia de soprar
o fumo da chaleira para o nariz do recém-nascido, dando origem a uns miados de
gato assanhado.
Como segundo rapaz da família, a mais velha
era a irmã Freira e o irmão mais novo Atílio, tiveram uma infância pacata e sem
amedrontamentos. Com o martelo pousado diante dele, punha-se então a martelar
numa chapa ou num bocado de madeira, sem se preocupar com o barulho que fazia. Quando
estava cansado de bater com o martelo, levantava-se, ia à varanda fazer sinais
às pessoas que passavam na rua, na cozinha, da empregada da vizinha, por quem
se apaixonara… Não devia ir muito mais longe no caminho dos estudos, e se, mais
tarde, deu ares ao traçar linhas milimétricas, o que provocou a admiração de
pais e amigos, foi provavelmente graças à sua prodigiosa facilidade de
assimilação que o conseguiu.
O
facto não tem nada de surpreendente se considerarmos a sua fabulosa carreira,
mas é necessário assinalar que, desde a sua meninice, e os estudos pouco
contavam para o seu crescimento, as únicas coisas que o interessavam realmente
foram a serralharia e o martelo. Até hoje, conservou na sua oficina um molde
representando um par de guitarra e viola cortado aos nove anos, surpreendente
pela habilidade com que os instrumentos, estão combinados. Quando o interrogam
sobre os seus princípios, frisa que nunca cortou um molde como uma criança. «Os
meus primeiros moldes», conta a João, um colega do ofício, «nunca teriam podido
figurar numa exposição de moldes infantis… Ultrapassei rapidamente o estado
desta maravilhosa visão… É fabuloso!», diz ele ao
voltar
a ver os seus moldes. Este dom, evidentemente, acrescentava a admiração ao amor
que lhe oferecia uma família em que as artes ocupavam o primeiro lugar. A irmã,
Freira e o irmão Atílio, adoravam-no como a um ídolo. E ele maravilhava-os recortando
para eles, com a tesoura de cortar, animais em alumínio.
«Por onde querem que eu comece?»,
perguntava-lhes, preparando-se para cortar um passarinho.
«Pela cauda… respondiam-lhe maliciosamente,
pensando atrapalhá-lo. Mas ele cortava o passarinho começando pela cauda.
1 comment:
*PUTUGAL!!!!!!!!!!!!!!*
*hahahahaha.....*
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)))((((((
(·)...(·)
...U...
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O Alentejo Portugues?
Por que Olivenza Espanhola e nao tenhas duvida
Bela Olivenza sempre Espanhola ❤️
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The Portuguese had a brutal record in the Americas as a colonial power. The most horrendous abuses occurred in the colony of Brazil: natives were enslaved, murdered, tortured and raped in the conquest and early part of the colonial period and later they were disenfranchised and excluded from power. Individual acts of cruelty are too numerous and dreadful to list here. Portuguese Conquistadors in Brazil reached levels of cruelty that are nearly inconceivable to modern sentiments.
Today, Portugal is the Biggest Racist country that i have ever lived in. I feared for my life there and i consider myself lucky that my family got out alive! I have never lived in such poverty (Sopas dos Pobres everyday) 40% unemployment rate and 60% of the population earn less than $932 USD per month, and that’s considered Middle Class here! Within the European Union it is the worst of the worst place to live in.
The bottom line is the bulk of the People in the poor country of Portugal exist in a brainless comma that is fed by Ignorance, anti-Spanish hate, and severe Racism of pretty much everybody that isn’t Portuguese! And, Portugal started the Global Slave Trade in 1441 so it is definitely NOT a safe place for Blacks!!
I found important websites that explain the Severe multi-generational Racism and Hate that exist in Portugal today, and i highly encourage all to read them and spread the word in order to avoid innocent, and desperate people from living or visiting there. Get educated on the Truths about Racist Portugal now.
1) https://www.theroot.com/a-white-journalist-discovers-the-lie-of-portugal-s-colo-1790854283
2) https://saynotoracistportugal.neocities.org/
3) http://www.discoveringbristol.org.uk/slavery/routes/places-involved/europe/portugal/
4)SOPAS DOS POBRES EVERYDAY IN PORTUGAL BECAUSE OF NON EXISTENT ECONOMY:
https://www.noticiasaominuto.com/pais/764453/sopa-dos-pobres-foi-criada-ha-anos-mas-ainda-existe-problemas-persistem
5) http://www.ipsnews.net/2011/10/portugal-crisis-pushes-women-into-prostitution/
6) https://www.theatlantic.com/business/archive/2013/06/the-mystery-of-why-portugal-is-so-doomed/276371/
7) https://portugaltruths.neocities.org/
8) https://portugalwasabadcolonizer.neocities.org/
9) https://portugalisxenophobic.neocities.org/
10) https://portugalisaracistcountry.neocities.org/
I HEREBY ALERT ALL PEOPLE ON EARTH TO NOT BUY FROM PUTUGAL, DO NOT SPEND YOUR HARD, EARNED MONEY GOING THERE AND BOYCOTT ALL PORTUGEE STORES IN YOUR AREA! DON'T BUY THEIR GOODS OR WINES!!!
THESE XENOPHOBIC RACISTS HAVE TO LEARN AND THE BEST WAY IS TO BLOCK THEM ECONOMICALLY!
BE CAREFUL FRIENDS!
+++FEEL FREE TO ADD MY BLOG LINK AND PICTURES TO YOUR BLOG OR WEBSITE FOR FREE! IT IS IMPORTANT TO TELL PEOPLE THE TRUTH ABOUT PUTUGAL!!+++
Be SAFE friends. Hugs.
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O Alentejo Portugues?
Por que Olivenza Espanhola e nao tenhas duvida
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