Thursday, October 7, 2010






               CONTOS DE RATAZANA
                  ___________________


             MARINA, MÓNICA E ALFREDO…


As coisas já estão de tal forma, que é difícil saírem delas. Mas tenho de meter a minha garfada para o desacerto final… Marina quer remédios para o seu devaneio e eu digo a Mónica que cuide dela... A Mónica não liga grande importância que se trate de uma amiga que anda metida em bruxas… tem os contactos com videntes e uma crente é uma crente. Quando volto a estar com Marina, esta mostra-se um pouco alvoraçada.

«Aquela amiga que tu conheces… é uma maluca! É uma maluca descarada! Fizemos uns gajitos as duas … devias ter ouvido os palavrões que ela dirigia aos gajitos por demorarem a virem-se! Realmente, eu nem me sentia bem!»

Isto da parte de uma mulher que anda a comprar feitiços para afastar os maus espíritos… Marina é ainda uma frustrada e sê-lo-á sempre, aconteça o que lhe acontecer no Porto. Ao ouvi-la falar fica-se com a impressão de que os maus espíritos entre pessoas é qualquer coisa que se lê somente nos livros… Mas, de qualquer forma, comprou alguns amuletos e encomendou outros: gosta deles e está a gastar algum dinheiro, que é uma coisa que ela não pode dizer a alguma gente com receio de se rirem dela. Entretanto, eu e Mónica temos conversado sobre outras coisas, que não de maus espíritos. Ela veio ter comigo para falar sobre ela. O que desejava saber, diz-me, era a minha apreciação quanto ao seu estado físico… Acharia eu depois de uma ausência às lidas que ela estaria para melhor? Gostaria, na hora, em levá-la para a cama? De cabrito para cabrito, note-se… Alívio, quando soube que a minha ideia será tudo, menos deixá-la de mãos a abanar… ela não se importa que eu a coma à-vontade, confessou-me, desde que eu não a use em definitivo. Na verdade, ela até gosta que eu a chame, porque assim sabe que eu não chamo outra, e também fica contente, porque fode. Diz ela, é a razão porque continua a cabritar, apesar de há algum tempo ter-se juntado a um moinante e ter empreendido por outra via que não é mais do que um subterfúgio capaz, nada de fora do normal… mesmo caseira não se sente satisfeita com o homem… satisfeita como se sente uma mulher normal depois de uma boa mocada. Por isso anda sempre insatisfeita, sente a necessidade de fazer alguns ganchos e, por pouco, fazia-se séria…

Mónica e eu tornamo-nos bons amigos quando fazíamos parte do GAS (Grupo de Atiradores de Sexo.) Como traidor, pergunta-me, se eu ainda fico com tusa quando a monto? Sim, claro… Acho que ela é uma boa montada, ou não teria essa opinião se eu não tivesse montado como monto e se não soubesse que ela era um produto de levantar as pestanas a um morto? Visto que sei o que ela gasta e visto que também sei que ela não compromete um homem, posso dizer-lhe que confio nela... e é isso que eu lhe digo. Durante uma hora, para mais do que para menos, esticados na cama do motel, fornicamos como dois adolescentes, esfomeados de sexo. Então, Mónica olha para o telemóvel… tem um toque para daqui a pouco… mas, antes dela se pôr a francos, gostaria de a foder de novo? Penso que não ouvi bem… Mas de concreto, foi isso mesmo que ela disse... se eu queria experimentar fodê-la à coelha; ou se de pé à sentinela durante uns minutos antes de se ir embora? Ela ensina-me… eu excito-lhe e está-me grata pela forma como não a largo e como trato as suas amigas. O que é que as mulheres dão aos homens quando se sentem agradecidas? Portanto, se eu gosto dela, se realmente considero que é uma tipa fixe e que é uma foda de ouvir os sinos de Agramonte, ela está ao meu dispor, sempre que eu queira... Não posso dispensar uma fruta destas, mesmo que não tivesse já experimentado algumas das suas amigas, que eram fraquinhas na cama. Uma rata é uma rata, a única coisa que interessa à cabeça de baixo é aquilo que está entre as pernas de uma mulher, não o que se encontra dentro da sua cabeça.

«Uma vez por outra gosto de fazer um intervalo», desabafa Mónica, «se não o faço, tenho a sensação de estar a fugir ao meu destino. Não penses que sou dessas mulheres que não aguentam levar com meia dúzia homens… Podia ser uma boa esposa e ter filhos, se fosse preciso. Mas não seria eu própria.»

Mónica exerce um fascínio familiar… enquanto se maneia, parece ser fêmea e provocadora, maneando-se com tal destreza, quando ela se empoleira em cima de mim… é de uma tal destreza a manear as ancas… que eu sinto-me quase na pele de um cavalo que se prepara para galopar a vinte à hora. Depois, e antes de eu aquecer, cola a barriga contra o meu corpo e esfrega o sexo contra o meu pau murcho. Ri, um tanto atabalhoada quando lhe passo os dedos pela pintelheira e lhe coço as mamas. Bolas, não estou com a tusa com que devia estar, e ficamos estendidos a excitar-nos mutuamente, até que o pau cresça. Mónica conhece umas quantas maneiras sobre a forma como se deve tratar um vergalho, mas o meu só precisa de um tempo.

«Já comeste a Marina?», pergunta Mónica, enquanto fazemos marmelada. «Faz-te bem o trapézio como as outras raparigas que tu conheces?»

Depois quer saber mais coisas… Marina faz-me um bico sem preservativo ou sou eu quem a obriga a não usá-lo? Pede-me para trazer raparigas para lhe fazer um programa? Fazemos carrossel? Fala alguma coisa de Mónica? Fala das raparigas com quem já foi nos programas? E por fim… acho que ela é afortunada com as bruxas? Respondo-lhe aquilo que me vem à cabeça e Mónica fica satisfeita. Marina, confidencia-me, é a melhor das amigas com que já conviveu. Principalmente porque não é invejosa, pró trabalho é rápida como um gato e, quando se descasca, o seu sexo está tão quente como um fogareiro. Mónica podia manter-se uma eternidade a falar de Marina e eu que me lixasse, mas eu estou em brasa. Por fim lá consigo endireitar o pau e faço-a sentir como ele está grosso quando com um jeitinho o enfio por trás… Ela abre-se mais e eu monto-a… estás pronta? Pode ser agora? Sim, sim, posso meter-lho, mas com muitas cautelas… não me devo esquecer que ela não está prevenida. Nunca comi uma gaja que me manifestasse interesse em ser comida como está a acontecer. Está na onda, é isso… e passado um minuto e tal de eu estar dentro dela, dá conta que eu me enganei no buraco… Então manda-se ao ar… Não! É muito repentina no seu gesto… não quer que lhe vão ao queijo! Isso é… isso é uma depravação e, além disso, faz doer! Se eu quero enrabá-la, então que vá ao queijo às amigas… se elas gostarem. Mas com ela não! E reconduz o pau para o outro buraco.

Mónica baralha-me… se não me realizo, jura que nunca mais faz experiências comigo. Dirá a toda a gente que eu não aguento duas. Vai berrar e fazer com que toda a gente se aperceba… Bem, se ela começar para aí c´os berros, não digo que não me venha só pelo susto. Se fizer com que eu me venha mais suave, dou-lhe o dobro porque me quis satisfazer… o dinheiro é uma velha arma, por certo ainda me ajuda a comprá-la (muito provavelmente, a cabrita está a aproveitar para me fazer o peixe caro). Como tu sabes, Mónica… Então, minha periquita de bairro, agora não dizes nada? Sim, eu sei que não estás habituada a isto. Sinto-te o corpo muito mole quando a minha gaita buzina pela segunda vez… Mas agora fica assim, quando voltarmos prá próxima já estarás mais confiante, depois de teres experimentado a minha verga lá dentro, e de saberes a minha medida… Mónica sai da cama, de rompante. Sou um traidor diz, um safado saca-rolhas, membro de um grupo de tarados comedores de sexo… enteso a verga enquanto vejo as fressureiras a bater pratos, rio-me no meio delas a olhar para o centro do espelho… tem uma fantasia colorida e é um prazê-la vê-la alegrar-se. Às vezes um engano no buraco faz prodígios; é um grande incentivo. Antes de me vestir, dou-lhe uma nota monumental! Agora já não me fala em experiências… só tira… Eu visto-me. Fica debaixo do chuveiro com a água a salpicar-lhe e começa a trautear baixinho… é um alívio e quando vê que resulta desata aos gritos à voz.

«Não cantes mais», ironizo. «Não estragues a voz! Mónica, escuta… prepara-te prá semana… oh, mas prepara-te bem! Tenho um dia de folga, Mónica; dedico-o para ti… Telefona-me…»

E mais uma saída do género. Para a próxima não vai ser tão dura; não se vai cansar de me oferecer tudo e mais alguma coisa, mas eu não sou de me fiar nestas cabriteiras… De repente Mónica pára o canto. Bem… não há dúvida que tem o que queria. Já sabe o que há-de fazer ao níquel. Mas divertimo-nos? Já nos sentimos consolados? Bom! Então, se eu não vir inconveniente, vai estender-se sobre a cama durante uns minutos, para esperar por um amigo e acabar o seu dia em grande…

No comments: