Monday, November 22, 2010



CONTOS DE RATAZANA
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O VENEZUELANO…


Recebo um telefonema de Ratazana. Quer saber o que houve quanto ao meu envolvimento com Julieta. Tenho de lhe dizer que não houve nada de nada… Ainda não estive com ela o tempo suficiente para lhe apalpar os cacos. Bem, então, raios o levem, quem vai tratar do caso é ele… onde é que depois o posso encontrar? Indico-lhe alguns locais onde é possível me apanhar e ele desliga.

Quando umas horas mais tarde me volta a ligar, parece estar tão confuso, como eu. Contactou-a para um privado e quer que eu vá ter com ela ao salão imediatamente.

«Mas o que é que isso vem daí? Olhe, fale você com ela… eu tenho de sair e vou à obra falar com o encarregado…»

Mas segundo parece ele empurrou-a para cima de mim. Receia que ela fique fria rapidamente se eu não for ter com ela.

«Ela disse que eu me estava a portar bem quanto a ela?», pergunto-lhe.

«Bem, ela não se abriu comigo como compreende, amigo, mas vai correr tudo às três tabelas. Assim que a conseguir assentar o cu no seu carro e levá-la ao jardim para tirar uma fotografia, isso transforma-se. O que é que há… você não a quer rufar?

«Quero… quero… claro, que a quero comer, Ratazana, mas não me agrada a ideia de tirar a fotografia. Sou capaz de borrar a pintura toda, se apareço com esta cara cheia de matraquilhos e cabelos colorados.»

«Não vai borrar pintura nenhuma… ela vai achá-lo romântico, quando você se puser a cantar Amorcito de mi vida. Para isso, é preciso lata.»

No fim faço horas para ir ter com ela, é claro. Se não fosse, fazia fraca figura. E até pode ser que, afinal, ainda se ajeite qualquer coisa… uns amassos, pelo menos.

Começa o sol apagar-se enquanto circulo e as putas começam a dar nas vistas para a venda do prazer. Pergunto a mim próprio quem arranjará uma puta a estas horas. Entesuados, provavelmente… qualquer outra pessoa sabe que se engatar agora uma puta terá de lhe pagar o cortiço. Uma delas enrosca-se no semáforo e canta-me o choradinho.

«É como o mel, Cavalheiro… e quase não custa nada… quer saber como é que o fazem na América? Sim, eu estive lá, Cavalheiro… a minha vida não era cá… nem coisa parecida! Mas estando o euro pelo binóculo… Talvez queira pagar uma e dar duas…»

Piro-me dela e percorro algumas ruas atrás de uma baixota. Telemóvel encostado à orelha… deve ser uma telefonista de ocasião, mas anda como uma bailarina. Galgados cinquenta metros fico c´um tesão do caraças só de olhar para aquelas ancas a manear-se à minha frente e envio um assobio em dois compassos. Para ver se ela me fisga. Não me fisga.

Quantas vezes, digo a mim próprio, já fiz isto… circular pelas ruas atrás de um biscate, como um rafeiro a farejar um osso… sem qualquer hipótese de levar fosse o que fosse. Aquelas ancas movem-se como os ponteiros dum relógio, separando a minha vida em bocados. Aqui vou eu atrás de um biscate que nunca comerei… um milhar de outros gajos devem estar à procura do mesmo neste momento… enquanto aqueles ponteiros continuam a balançar. Ainda bem que tenho para onde ir. Se não tivesse voltava atrás à procura daquela jeitosa de há bocado… não era má pinta, não senhor…

Da jeitosa nem sombras e eu já lhe perdi o rasto… mas ainda tenho o tesão que me provocou. É como sair o euro milhões, ficar entesado desta maneira e continuar com o pau teso à medida que avanço. A diferença é que não se perdeu nada. Juro mesmo que se algum dia vez voltar a encontrar aquela tipa, vou ter com ela e agradeço-lhe do fundo do coração, vou ter de confessar-lhe o bom que é receber-se qualquer coisa sem contribuir com nada e sem tirar nada a ninguém. Talvez não a torno mais a ver, a essas gajas boas que me seduzem ao longo das ruas.

Aguento o tesão toda a viagem até me encontrar com Julieta. Manjo várias gajas, uma após outra, imaginando sonhos à sua volta. Raio, devo estar a ficar um pouco pirueta… já estou outra vez a pensar com a cabeça de baixo… uma coisa que não me acontecia desde aqueles tempos quando imigrei para a Venezuela e andava tão desesperadamente em baixo, mas em baixo mesmo, que passava a maior parte do tempo em leve alucinação… Um bico… que fosse pró maneta. Quando via uma rata, de testa alta, a única coisa que me apetecia era sugá-la. Mas aprendi algo importante… pode-se estar em baixo de todo que a cabeça de baixo, não pensa noutra coisa que não seja foda. Ainda se ergue bem, cheia de arrojo, quando os tomates já estão encorrilhados e se estorva ao andar. Pode ser diferente quando se piora seriamente e o leite começa a escassear.

Ratazana não disse a Julieta a hora que eu vinha. Assim que abre as persianas para cima de mim, abre a boca estupefacta. Olha, olha… imaginem, ver-me ali! Dá-me um apertão na barriga e estende-me a mão… ia mesmo a ligar para ti, diz-me. Vejo que ela se sente um tanto embaraçada, mas mostra boa cara.

Santo Deus, a quantidade de merdinhas em que um homem tem de se meter para levar uma mulher a abrir as pernas! Nem todas as mulheres. Não seria de todo mais prático se um homem se limitasse a dar uma cantarola no ouvido de Julieta e dizer-lhe: «Vamos para um hotel, para escanar.» E até podia ser que Julieta alinhasse, se estivesse ganzada. Em vez disso, tem de se entrar à ganância e esperar pelas deixas. Julieta resolve que hoje é o dia da sua folga.

«Paga-me o almoço com senhoria!», exclama. «A minha folga…»
… Como estamos só nós os três no salão, a empregada fica tão surpreendida como eu ao ouvir falar em folga. Julieta insiste no facto, mas não se consegue lembrar de quantas folgas já teve.

«Gostava de dar um arejo», confessa, vagarosamente, «mas não tenho com quem…»

«Ah, não, também eu», digo eu sorrindo para a empregada.

«Bom…» A empregada está meia refeita.

«Óptimo!», exclama Julieta. «O restaurante é o local ideal para um almocinho de folga! Tu espera aqui… Ainda tenho de fazer uma coisa. Mas é rápido… é rápido!» Ao sair, sopra-me em frente do ouvido: «Vê lá, não te atires a ela…»

«Claro… não te atires a ela! Porra, como é que eu a vou proibir se ela se quiser atirar?»

«Põe-na a ouvir as tuas aventuras e descasca-te às gargalhadas… é o que eu lhe faço às vezes. Olha, faz como quiseres, mas não a deixes de antena livre.»

«Mas que merda esta! Por que é a gente não se vai embora e leva também a empregada? Há muito pouco trabalho por aqui, esta tarde.»

«Então, Castro, não venhas com as tuas merdas… Sabes como é que está a vida?»

«Não, não sei como está a vida, nem me preocupa. Onde é que queres que te leve a comer? Vais querer peixe ou carne? Bem… tu depois escolhes. Não me venhas é com algum negócio de vigarices que te engendraram? Porra, Julieta, a paciência tem limites! Tu e essas manobras todas vão-se foder antes de conseguirem o que quer que seja.»

«Shiu… fala mais baixo… Olha Castro, desde que te conheci nunca te lixei… se ganhar algum com a tua amizade, tens a minha bênção. É claro que se não me quiseres acompanhar não precisas de te chatear comigo...»

«O que é que te meteu na cabeça de eu não te querer acompanhar? Quem é que se ofereceu para te levar a comer? Quem é que se disponibilizou?»

Gostava de saber o que vai dentro daquela cabeça. Confusões… Problemas. Deixei voar as palavras como um miúdo com o papel atado no fio deixa voar o papagaio. Falei de toda a importância que era ela andar nos eixos e sempre que ela batia com a mão contra a minha, o batente correspondia a um ponto de interrogação? Ela ficou mais mansa e deixou-se ficar assentada com a saia por cima dos joelhos e a boca ligeiramente aberta enquanto tentava escutar o que eu estava a dizer. Chegou ao ponto de me deixar apalpá-la por baixo do assento, enquanto lhe cantava uma canção em venezuelano. Mas não me retribui a troca, a macaca… como sempre, com as armas em guarda. De qualquer forma nunca parou de responder.

Lá entramos nós no restaurante de mariscos na zona de Matosinhos e guio-a até ao fundo da sala, para um canto, e sento-a de frente para a parede, de modo a que não vejo nada de que não goste... Mas não estamos ali ainda há cinco minutos quando começa a mostrar-se inquieta. Não podíamos ir para outra mesa e deixar esta para os totós? Quer deitar os mirones durante um bocado. Concordo que é também uma ideia e assim levantámo-nos, rodopiamos o centro e sentámo-nos numa do meio.

Julieta está a alegrar-se. Mais um copo de vinho e já quer discutir outra vez. Pedimos o cardápio e vamos experimentar o prato de arroz de pato sem queijo. Por esta altura começo eu próprio a sentir os efeitos dos copos. Mais um abaixo. Julieta gosta do local porque está cheio de patrões. Depois da sobremesa e do café o que se segue a isto é um pouco de sarcasmo da minha parte e ela aguentou bem o sarcasmo.

«Se é o dia da tua folga», exclamo, «tenho de te levar aí a um sítio para te oferecer uma coisa…»

Uma coisa! Evidentemente que ela sabe onde eu quero chegar e assim que agarro o camareiro à mão, entrego-lhe o cartão de crédito e digo-lhe para pagar a conta, trazer a factura e vamos para o carro. A folga de Julieta! Sempre gostava de saber, por que é que ela não se havia de lembrar de dizer que era o dia da foda? O meu coração acelera quando a vejo a começar a encostar-se à minha perna e apontar o dedo para o azul do céu e o pau empina-se a rodo.

Calor, calor, calor… minha mãezinha, é loucura! E aqui vou eu quente como uma pipoca e com um vermelhão de cara que dá a impressão de ter andado a carregar sacos de cimento na obra… Bem, que tratamento lhe vou dar? Aquela filha da mãe e a sua folga! Uma trancada! Para a trancada tenho de a levar pela outra rua e, para que a coisa funcione bem, sou eu quem se oferece para lhe resolver os problemazitos mais drásticos. Falamos mais uns assuntos, digo que sim, e avançamos para a trancada. Bem, aquela rata, se ela me quer chupar umas massas, eu alinho… mas ela vai suar bem esta tarde! Vê lá, para onde me levas, diz-me ela…

No hotel em que entrámos não há bastante gente neste recanto afrodisíaco para inquietar a sua mente de viajante. Vamos pelo elevador e, quando chegamos ao quarto, paragem que ela imediatamente aproveita para mijar, já emborcámos uma garrafa de litro de água, fora as porções de vinho. À vinda trás com ela a mala e tem a camisa toda desabotoada. Assim que Julieta fica meia nua, senta-se com as costas apoiadas à cabeceira da cama. Tenta convencer-me. Uma mulher da sua posição não se pode permitir a que a vejam por aquelas bandas… não compreendes? Eu juro que só a quero ajudar a ser seu amigo particular…ela tinha dito que queria um amigo para a ajudar nalguns problemas… Ora aqui está o amigo e aqui estamos nós…

«Imaginar uma coisa destas a suceder-me!», uiva. «Oh, se alguém descobrir! Oh, meu Deus, se alguém alguma vez vem a saber!»

«Deixa-te de medos, desde que não saias fora da linha», digo-lhe, ao mesmo tempo que me sento do outro lado e começo a coçar-lhes as costas… Não quer que lhe crave as unhas, nem uma, insiste ela. Mas eu continuo a coçá-la por todo o corpo e a beliscar-lhe as peles e ela dobra-se um pouco mais.

«Coça-me mais!», grita ela. «Coça-me com força!»

Abre-se toda e mostra-me tudo o que tem à volta do seu sexo. Estou com uma tora acima da média, que aumenta de tamanho a cada minuto que passa. Julieta estica-se toda… tem as pernas abertas como se fossem uma ratoeira, à espera de me comer. Salto-lhe em cima e a ratoeira fecha-se. Ela aperta-me com os braços e as pernas e a rata fica em posição. A seguir dá meia dúzia de maneio ao cu como uma bailarina de hula e estremeço todo.

«Minha mãezinha!», guincho eu, passados três minutos. «Estou-me a vir! «Dou-te o meu leite como prenda da tua folga…»

Julieta esfria logo imediatamente após o meu guincho. Paro de penetrá-la e levanto-me da cama para que possa dar uso às pernas. Vou à casa de banho e quando volto Julieta entretém-se a contá-lo, pondo-se completamente alheia e pragueja quando da minha passagem.

«Olha para o raio de coisas que tu me disseste», diz Julieta. Faz retorcer a voz. «Isso só de ti… Dou-te a minha prenda! Tu é que me saíste uma rica prenda!»

«É uma verdade do catano», concordo eu. «Uma rica prenda como eu!»

Julieta pragueja mais um bocado, mas levanta-se para fazer umas chamadas pelo telemóvel, enquanto eu me coloco na frente do espelho.

Estou bonito pra caraças…

«Olha», diz Julieta, depois de anotar alguns apontamentos do telemóvel, «por que é que não te apressas para irmos embora?»

«Oh, Julieta, estou velho demais para toda esta correria… Raios, é só um minuto, nada mais… Eh, depois até podemos voar pelos ares, só para não termos que nos meter no trânsito confuso…»

Há uma leve discussão sobre a estrada que se deve tomar, mas foi assim que nos vestimos e saímos para a rua, antes de ver o dia escurecer.
«Não ligues à boca foleira que eu te dei há bocado, nem és uma prenda má…», desculpa-se Julieta, enquanto descemos as escadas.

Friday, November 12, 2010




CONTOS DE RATAZANA
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FERNANDO, MARLENE E FREITAS…



Freitas sempre acabou por tramar o encontro de Marlene. Conheço alguns pormenores do caso, mas Fernando já nos vê a todos a gozar às pazadas.

«Não sei o que se passa com ela, sabe», queixa-se ele embalado por um copo de uísque Famous Grouse, que pareceu ser a sua expressão de desolação face a uma vida de pecado, «deve ser do níquel… Mas, c´um raio, não me sinto culpado de os ter apresentado; na verdade, também dei à tal rapariga um certo empurrão…»

Por que motivo, belos pecados, teria Marlene faltado ao encontro com ele? Eis uma coisa que Fernando não entende. Se isso não se tivesse dado, tudo teria sido legal… teria passado uma tarde em nice com ela, e as preocupações quanto aos negócios que fossem pela ribeira abaixo. Mas, assim… assim, sente-se realmente partido.

«Marlene zangar-se-ia se eu tivesse comido uma amiga», diz-me ele. «Ela tem miolos suficientemente espertos para compreender que coisas como essas acontecem; que, de quando em quando, um homem necessita de descarregar baterias. Mas c´um caraças lá ia eu saber que ela não vinha à festa… uma festa com tantas vistas a baterem-se a mim? E o dramático disto tudo é que eu dei uma má foda! Agora, aqui para nós que ninguém nos ouve, veja na posição em que fiquei sozinho diante daquele arsenal todo… não sabia quem devia escolher para me satisfazer totalmente, ou se devia armar-me em parvo para que elas me escolhessem a mim.»Freitas deve ter-lhe assobiado aos ouvidos – ou então limitou-se a estar na sombra e deixou-o perfumar a sala toda, pois Fernando é um vicioso fumador de charutos cubanos.

«Marlene, mostrava-se tão certinha a respeito de compromissos… andava sempre colada a mim, era uma coisa que se metia por mim dentro. E, no entanto, deixou-me colado ao sofá, desejosa de fazer não importa o quê para agradar a quem… era uma rapariga perdida no vício…»

No estado em que ele se encontra, tudo aquilo que eu pudesse dizer só ia contribuir para o enfurecer mais. Das duas, uma: Ou pensava que eu estava a encobrir uma boa colaboradora cobiçada, ou entendia que eu o tinha deixado fazer figura de morcão. Opto por me deixar estar calado atrás do balcão e faço votos para que quando o leão vier para o Palácio de Cristal eu esteja lá com a minha máquina fotográfica para lhe tirar um boneco. Deixo Fernando desabafar… tenho ouvido histórias mais bizarras só para vender uns copos a mais…

«Não creio que ela fosse com outro», diz, com ar apreensivo. «Se o fosse, não me tinha telefonado passado duas horas a dizer que se tinha esquecido… Calculo que se embebedou nalgum bar ou coisa parecida. Mas foi malfeito um tipo sentar-se à espera da sua miúda, e ficar a ver navios. Mas, quando estiver com ela na próxima, vou comê-la e, obrigá-la a fazer tudo em câmara lenta… Meu Santo Pau! Que rica foda… e eu consolo-me… e não consigo esquecer a ela… Que raio de vício, pá, você, conhece-a bem, o que é que ela é capaz de fazer durante o dia, se não faz nada? Acha que vai fazer uns cabritos? Minha Sorte. Quem lhas vai cantar sou eu, quando estiver com ela…»

Tem sido com casos deste género que Fernando se tem deliciado a passar o tempo. Quanto a Marlene, a história é outra, mas é também uma boa história. Por qualquer razão quer levar-me a crer que anda envolvida em saltos de trapézio sem rede… talvez julgue que eu me vou chibar a Fernando e ele sinta dor de corno… Não se esquece do tal jogo do pau de dois bicos…

Trata-se de dois certos tipos… tão certos que Marlene nem se preocupa com os demais. E segundo se consta, aqui há umas tardes, esses tipos já lhe fizeram uma proposta a dar para o arrocho, no atelier de Marlene. De acordo com a história que Marlene me conta, ela apresentou-lhes uma estimativa mensal para que eles a lessem, um de cada vez, que os deixou assustados. Então, quando se deram conta que ela não regulava pela boa, ficaram calados, telefonavam-lhe para a convidar para a cama e gozavam com ela…

Se ela ao menos tivesse feito uma redução! Se esses melros fossem gente rasca, por exemplo, eu ainda a podia acreditar… Mas estas personagens eram de peso… talvez cofres… e toda a exorbitância soma de números corresponde à montagem de uma matemática que só existiu na sua cabeça.

«A forma como se esquivaram!», exclama Marlene, fingindo um assopro. «As coisas que fui obrigada a ensinar! Não há palavras que as descrevam… nem quero pensar nisso! Agarrada a um telefone! De pernas abertas, e à disposição de homens sempre prontos a malhar! O que eles não fariam se algum dia eu viesse a faltar!»

Marlene, a não ser que tenha juízo, está sujeita a afundar-se. Em Portugal, quando uma mulher começa com espertezas deste género, vai a um charlatão para lhe darem sugestões. No Porto é mais provável que acabe numa cama de pensão com uma amiga e um chulo munido de uma faca de algibeira…